Tenho saudades tuas.
Tenho saudades de te sentir.
Tenho saudades de te saber uma certeza quando acordo de manhã.
Tenho saudades da alegria que dás aos meus dias.
Tenho saudades da esperança que me dás de que a noite terá fim.
Porque os meus dias são um vai e vem que começa a deixar de fazer sentido.
Porque o cinzento não combina com a minha alma.
Sol volta...
Tás perdoado!!!
Faz hoje 10 anos.
Foi no ano da Expo e da Ponte Vasco da Gama.
Faz hoje 10 anos eu era uma Finalista trajada a rigor que exibia com muito orgulho uma capa cheia de fitas.
Passei o dia todo a abanar a capa no ar.
Fui à missa na Alameda, estive à tarde na Faculdade, acabei o dia num jantar com o pessoal num restaurantezinho em Lisboa. Nem sei onde.
Sei que ficaram boas recordações. E saudades. Muitas saudades. Das pessoas, dos momentos, dos lugares e dos sonhos que sonhei e não vivi.
Passaram 10 anos...
Hoje o meu amor faz 36 aninhos.
(Tá a ficar velhote mas eu gosto dele mesmo assim.)
Quero dizer-te que te amo muito, cada dia mais.
Beijinhos meus e dos nossos Piolhos.
... isto vai fazer parte do novo acordo ortográfico?
Ontem ao deitar o Piolheco:
- Já fizeste xixi?
- Nâo me apetece.
- Vais fazer xixi na cama.
- Não vou não.
- Então como é que vais fazer?
- Quando me apetecer eu "pêdo"!
Nem lhe disse mais nada.
Saí dali a correr para me escangalhar a rir na sala.
O meu Migas festejou no passado dia 12 o seu 1º aniversário.
Olhando para trás e relendo alguns posts, vejo que num ano muita coisa se passou. E muitas delas eu já nem me lembrava se não estivessem aqui gravadas.
Conheci pessoas que se tornaram presentes na minha vida mais do que alguma vez pudesse imaginar ser possível.
Este é um espaço que me faz falta, onde posso ser a Migas, onde posso escrever sem restrições.
E é assim que eu quero que continue a ser.
Por mais tempo. Quanto só o próprio tempo o dirá.
Não vim aqui, não falei disto, mas falo agora. Porque sim, porque apesar de já ter passado ainda está assim como que "entalado" na garganta.
A promessa do F. deixou-me furiosa.
Furiosa também é forte demais. Desconfortável talvez. Sabem que é complicado gerir situações em que temos posições opostas. E como isso quase nunca acontece connosco, mais dificil se torna quando acontece.
Eu não gosto de promessas. Eu nunca fiz uma promessa na vida. E não digo que nunca farei porque não devemos dizer que desta água não beberei.
Para mim uma promessa é uma condição que se põe a Deus. Há sempre um "se" no meio. Parece um negócio. E eu não consigo sentir a minha relação com Deus assim.
Mas o F. nasceu e foi criado na Bimbolândia (onde isso é prática corrente) no seio de uma familia onde este género de situções é o prato do dia. Promessas a este e áquele santo, velinhas aqui e ali, rosários, terços, novenas por isto e por aquilo. Tudo se resolve com promessas, com velas, com novenas. Para todos os males há um santo encarregue do assunto.
Há muito que me habituei a esta "religiosidade" da casa da minha sogra, nunca pensei é que viessem rastos dela para minha casa.
E as coisas azedaram quando eu disse alto e bom som, para quem quis ouvir que ir a pé a Fátima era um disparate, não tinha valor nenhum. Fui politicamente incorreta mas eu estava farta.
Que bem traz ao mundo tamanho esforço, tanto sofrimento? Como é que o F., que tem formação pode pensar que é isso que Deus espera de nós? Sofrimento até ao limite das nossas forças? Para quê?
Preparei-lhe tudo o que precisava, estive com ele no caminho, fui buscá-lo quando ele chegou porque acredito ser esse o meu lugar- ao lado dele. Mesmo não concordando...
Quando chegou acabou por me dizer que o padre que ia com eles na peregrinação lhe tinha dito o mesmo que eu. Que não era nada disto que Nossa Senhora queria. Que ela é mãe, que não precisa de promessas, que dá de coração aberto como fazem todas as mães. Mas mesmo para aqueles que necessitam de prometer algo, então que prometessem algo util. Ajudar alguem, tornar o mundo melhor.
Este padre leva um grupo enorme de peregrinos com ele, numa organização fantástica proporcionada por uma associação que se dedica a fazer o bem. E leva-os não porque concorde com eles, mas porque sente que o seu lugar é ali, porque sente que aquele é o seu rebanho.
Espero que se houver próxima vez, o F. se lembre do que ouviu.
Não tem que ser assim... há outros caminhos... há outras estradas para percorrer.
Estou a voltar à normalidade, à rotina... felizmente digo eu!
A que se deveu a minha ausencia? À ausencia do meu F. e da Titinha...
Eu explico melhor senão não percebem...
O meu F. foi a Fátima a pé. Fez uma promessa e teve que a cumprir. A Titinha (que trabalha cá em casa) fez o mesmo. E lá foi ela também a Fátima a pé.
Então cá fiquei eu, sozinhita, sem empregada e sem marido, com dois Piolhos que não estão habituados a não ter o pai em casa, a ter que me levantar às 6 e meia para tratar de tudo, com trabalho extra, com espaço a mais na cama... ou seja, lixei-me valentemente com esta história!!!!
À noite a Mia (mãe da Titinha) vinha dormir cá a casa para eu não ficar sozinha, porque a minha casa não tem vizinhos, é quase no meio do campo e eu também não tinha lata de a deixar soinha na sala e vir para o computador. No emprego também não gosto de escrever posts, porque há sempre alguem que entra no escritório e por lá ninguem sabe da existencia do Migas e eu quero que continue assim.
No fim de semana fui buscar o F. e a Titinha a Fátima e aproveitei para ficar para o 13 de Maio.
Quando voltei tinha imensa roupa para lavar, estava cansada de andar tanto e só hoje consegui vir aqui.
Ufff!!! Bendita normalidade!!!!
Não percebi esta parte do esboçar um sorriso... como se o pessoal andasse por aí a "arreganhar a taxa" por tudo e por nada quando passa por mim na rua.
Ainda ficava com a sensação que estava despenteada, tinha alguma coisa na testa ou escrita na t-shirt...
Agora a história das festas é verdade.
E calhou-me uma ponte muito bonita, aqui ao lado, no Porto, por onde o meu F. vai passar a penantes.
Essa é que é essa!
E se por acaso eu não passar por aqui nos próximos dias, a culpa é da ponte!
Pus o link para o post onde falava do meu primo mais pequeno na altura (porque entretanto já nasceu o Santiago...) porque era dele que vos queria falar.
Fui a casa da minha prima para conhecer o bebé e ela fez-me uma surpresa...
Fiquei mesmo muito feliz!!!
Apesar de sermos primas em 3º grau sempre fomos muito amigas, e este vai ser mais um laço entre nós.
E tenho um afilhado tão simpático, tão giro! Esteve montes de tempo ao meu colo, não estranhou nada, ria-se para mim... e eu aproveitei para matar saudades de ter um bebé de 3 meses ao colo!
Pena é que ele esteja tão longe... assim a madrinha só lhe vai poder dar colo de vez em quando... mas tenho mais um motivo para ir ao Alentejo (como se precisase de muitos!).
É exactamente assim que me sinto.
A estrela cá do sítio.
Os meus homens encheram-me de miminhos e de prendas também!
Os Piolhos deram-me dois guarda joias feitos por eles no colégio. Estão o máximo! Pintados por eles com corações e pintinhas. Tenho pena de não poder por aqui uma foto mas a máquina está no escritório do F.
O pai que é um amor deu-me uma planta (porque sabe que eu sou a maluquinha das plantas cá de casa e que queria ter uma orquidea...) e "encheu" a prenda dos filhos... deram-me um colar muito giro que foram escolher ontem, nas minhas costas!!!
Estou tão babada com os "mês homes" que não vos digo nem vos conto!
E os beijinhos?!?! Já perdi a conta!
Foi um dia e peras!
Pena que o F. vá embora na 3ª feira....
E que não tenha estado com a minha mãe ...
Nunca nada é perfeito... há sempre um mas...