Quando eu era mais nova, bem mais nova, no tempo dos escuteiros e dos grupos de jovens havia um livro que, desse por onde desse, tinha que passar pelas cabeceiras da malta. Quer dizer, das "meninas", porque os "meninos" normalmente estavam-se borrifando para estas "paneleirices de gaja".
Já adivinharam pelo título do post...
O livro era
"O principezinho"
(claro que a iamgem foi retirada da net porque o livro ficou no meio das tralhas de solteira em casa da minha mãe, que na minha já há tralha que chegue)
E claro que toda a gente gostava daquela cena do "invisivel aos olhos", do "ver com o coração", toda aquela lamechada delicodoce que até envolvia um borrego... não era bem um borrego, era uma ovelha mas também tem lã e vamos lá ter na mesma!
Mas eu não.
Li o livro com toda a atenção e só uma frase me ficou na tola.
"Duas ou três lagartas terei que suportar se quiser saber como são as borboletas.”
Volta e meia lá vem ela, lançadíssima, esbarrar-se contra a minha caixa craneana. À laia de sino... Só para me lembrar da história das lagartas.
E pronto lá aturo eu mais uma lagartita, espero pacientemente que a gaja faça o casulo, que não me "moia" a mona e que um dia mais tarde, para meu espanto e com um grande "Ahhh!" à mistura lá apareça a borboleta.
Às vezes a borboletita até tem a sua graça. Já houve uma ou outra que se transformaram em barbieletaças, boas, giras, de fazer parar o trânsito. Mas no geral, normalmente saiem-me na rifa daquelas aboínhas chatas que "avoam à volta das alêmpedas". É a vida... e quem quer melhor arranja.
E tudo isto para quê?
Para dizer que ultimamente tenho sido atormentada por algumas lagartas.
Daquelas verdes, viscosas, peludas e feias.
E descobri, ou melhor até tenho medo de descobrir, que a história das lagartas pode ter outro final. O final em que a gaja (que sou eu) se farta de vez, passa-se dos carretos, lixa-se para as borboletas e grita a plenos pulmões que ou as lagartas se enfiam no casulo, quietas e caladas, mudas e sossegadas ou vão ver até que ponto há Dum-Dum neste mundo.
Desta vez até posso não chegar às borboletas, mas que faço o gosto ao dedo faço
Vim aqui num instantinho, porque amiguinhos, tou no Alentejo e o tempo é precioso demais para ser passado frente ao computador.
Lá dei com um desafio que me foi lançado pela Mamie (acho que mais alguem já o tinha feito... mas ooops já não sei quem foi)
8 sonhos... ela quer que eu ponha aqui 8 sonhos dos meus... tenho mesmo que escolher??? Lá terá que ser, mas que fique aqui escrito que eu tenho mais, muitos mais porque "o sonho comanda a vida"
1º - Ver crescer os meus filhos saudáveis e felizes.
2º - Ter comigo todos aqueles que amo durante muito, mas muito tempo.
3º - Comemorar com o meu gajo pelo menos 60 anos de casados.
4º - Ter um negócio só meu.
5º - Viajar, viajar, viajar...
6º - Transformar a minha casa numa daquelascasas liiiindas que aparecem todos os meses na "El Mueble"
7º - Ter uns trocos para engordar a conta que tenho no banco.
8º (o mais importante) - Ter saúde para ir vivendo a minha vidinha remediadinha mas feliz!
Meio sonho - Ainda estou a pensar que TALVEZ devesse pensar a sério em dar uma irmã aos meus filhos, mas cada vez se torna mais dificil tornar este meio sonho realidade.
Agora desafio... deixa cá ver quem....eh pá quem quiser faça o favor de se servir. Eu vou ali à casa de alguem da familia e já venho
(imagem retirada da net)
Isto está que não se pode!!!
Detesto o frio! Sempre detestei! Não percebo como é que pode haver gente que gasta um dinheirão em férias na neve ou no hotel do gelo lá para os lados da Lapónia!
Os ultimos dias têm-me deixado à beira de um ataque de nervos:
- doi-me o corpo todo, porque ando encolhida e isso provoca dores musculares.
-ainda devo ter mãos e pés.Vejo-os mas não os sinto.
- já roubei a gaveta das meias de lã ao meu marido. É guerra, é guerra!
- no outro dia esqueci-me de tirar o cachecol. Andei a atender o pessoal de cachecol dentro de casa.
- o meu nariz está tão frio que o vapor de água da respiração condensa e faz com que pareça uma ranhosa o dia todo.
- vigio o sofá perto da lareira como um verdadeiro cão de guarda. Se mo roubam sou até capaz de rosnar...
- já mudei de lençois, mas não valeu de nada. Cada vez parece que têm mais cola!
- há dias senti que o frigorífico estava morninho! Ainda pensei chamar a assistência...
Das duas, uma: ou isto aquece ou eu passo-me!!!!
Não preciso de dizer onde fui ontem pois não?
Não preciso de dizer a seca que apanhámos para comprar os bilhetes, jantar e andar na confusão de um shopping no 1º domingo de Dezembro, pois não?
Mas valeu a pena... o filme é giro, os piolhos deliraram e sempre deu para aliviar o miolo desta confusão toda que tem sido a minha semana.
A minha sogra está outra vez internada. No inicio suspeitámos que poderia ser sepsis e ficámos muito, mas mesmo muito assustados.
Felizmente não se confirmou e ela está a reagir bem aos antibióticos. Mas lá recomeçou a romaria ao IPO e tudo o que de "bom" daí pode vir.
Nunca tive problemas com hospitais mas aquele dá-me arrepios. Ainda lá não entrei e já tenho vontade de sair... é para o que estamos...